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Cotação da soja reage nos EUA

Mercado da soja oscila com clima nos EUA e tensão geopolítica



Foto: Expodireto Cotrijal

O mercado da soja encerrou a semana com valorização expressiva na Bolsa de Chicago, impulsionado por fatores climáticos e geopolíticos. O contrato para julho de 2025 fechou em US$ 10,56 por bushel, com alta de 2,72%, enquanto o contrato para março de 2026 subiu 2,18%, encerrando a US$ 10,76 por bushel. No Brasil, no entanto, o movimento foi misto no mercado físico, com algumas regiões registrando queda.

Segundo análise da Grão Direto, o bom andamento da safra nos Estados Unidos, com lavouras em boas condições e clima favorável, segurou a escalada dos preços futuros. Além disso, o relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reforçou esse cenário ao indicar estoques acima das expectativas do mercado, o que tende a conter o ímpeto das cotações.

A retomada das compras chinesas também foi destaque e trouxe certo alívio aos preços, principalmente no meio da semana. A movimentação da China nos portos norte-americanos reaqueceu o mercado global, devolvendo otimismo ao setor. Ainda assim, o cenário permanece incerto e volátil, com forte influência de fatores externos.

O dólar teve queda de 1,09% na semana, fechando em R$ 5,42 — o menor valor desde agosto de 2024. Essa desvalorização da moeda norte-americana ajudou a pressionar ainda mais os preços internos da soja, tornando as exportações brasileiras menos competitivas e exigindo maior cautela dos produtores.

Além disso, o recuo nos preços dos fertilizantes, após o cessar-fogo entre Irã e Israel, reduziu o custo de produção e melhorou a relação de troca com os grãos. Essa dinâmica, apesar de positiva para o agricultor no curto prazo, pode exercer pressão de baixa sobre as cotações, ao reduzir os custos e incentivar maior oferta no mercado.

A volatilidade no mercado internacional de energia também afeta diretamente o óleo de soja, muito utilizado na produção de biodiesel. Com a queda do petróleo, o preço do óleo acompanha esse movimento. Neste contexto, a recomendação é que produtores fiquem atentos a oportunidades pontuais de venda, utilizando ferramentas como hedge para proteger suas margens diante de um cenário ainda instável.


 

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