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Milho fecha semana em baixa em Chicago

A expectativa do mercado era de um relatório do USDA, divulgado no dia 10/05, altista


Foto: Divulgação

As cotações de milho, em Chicago, recuaram um pouco durante a semana, após ensaiarem uma elevação no dia 06. Lembrando que a expectativa do mercado era de um relatório do USDA, divulgado no dia 10/05, altista.

De acordo com a análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), assim, o bushel fechou a quinta-feira (09) em US$ 4,42, contra US$ 4,52 uma semana antes. O relatório de oferta e demanda será comentado com profundidade no próximo boletim, lembrando que a expectativa do mercado era de que, para o milho, o mesmo viesse conservador, com viés altista para as cotações. O potencial produtivo nos EUA era de 378 milhões de toneladas para 2024/25, com os estoques finais mundiais aumentando para 319 milhões de toneladas, conforme o Hedgepoint. Resta, agora, conferir se isso realmente ocorreu.

Enquanto isso, o plantio do milho, nos EUA, até o dia 05/05, atingia a 36% da área esperada, contra 39% na média histórica para esta data. Na mesma ocasião, 12% do milho semeado estava germinado, contra 9% na média histórica.

Por outro lado, os embarques de milho, por parte dos EUA, na semana encerrada em 02/05, atingiram a 1,28 milhão de toneladas, ficando dentro das expectativas do mercado. No total do ano comercial, até o momento, as exportações atingem 33 milhões de toneladas, ou seja, 33% acima do realizado no mesmo período do ano anterior.

E no Paraguai, a última estimativa privada deu conta de uma colheita de 3,82 milhões de toneladas de milho, devido a cortes importantes em sua safrinha (cf. Stone X). Já na Argentina, notícias da região de Córdoba dão conta de que o aquecimento global trouxe grandes problemas aos.produtores locais de milho, com a chegada forte da cigarrinha. O terceiro país exportador de milho do mundo reduziu em milhões de toneladas das suas projeções de colheita, para a safra atual, devido a esta praga rara para ele, a qual pode transmitir uma doença que danifica as espigas e os grãos da planta. Os agricultores temem que essas infestações possam se tornar mais regulares, com menos geadas nos últimos anos para controlar a propagação do inseto e previsões de um inverno ameno à frente. Alguns agricultores argentinos já disseram que semearão menos milho na próxima temporada, em favor de outras culturas, como a soja, a principal cultura comercial do país sul-americano, que não é afetada pelos insetos. Muitos, inclusive, deixarão de plantar milho naquele país. Assim, cerca de 10 milhões de toneladas da produção esperada de milho já teriam sido perdidas, com o potencial de 60 milhões, passando a 50,5 milhões de toneladas. E a situação ainda pode piorar na Argentina, em relação aos efeitos nocivos da cigarrinha.

 

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