Mercado do feijão segue estável
Por outro lado, algumas regiões sentiram pressões negativas

O mercado brasileiro de feijões vive um momento de estabilidade com nuances regionais, segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE) com base em dados do CEPEA. O cenário atual reflete um equilíbrio entre oferta e demanda, embora apresente movimentos distintos em algumas praças do país.
Na última quarta-feira, Itapeva (SP) se destacou com uma expressiva valorização de 5,03% no preço do Feijão 8/8,5, que fechou cotado a R$ 232,27 — a maior alta registrada no dia. Lucas do Rio Verde (MT) também apresentou desempenho positivo, com aumento de 1,63%, alcançando R$ 200,72 para o mesmo tipo de grão.
Por outro lado, algumas regiões sentiram pressões negativas. O Noroeste de Minas teve queda de 2,61%, com preço médio de R$ 213,13. A Metade Sul do Paraná também registrou leve retração nas cotações, variando entre -0,41% e -0,49%, refletindo um mercado mais cauteloso por parte dos compradores.
Outro ponto de atenção é a escassez de feijões nota 9, praticamente sem oferta no dia. No Noroeste de Minas, a referência se mantém na faixa de R$ 280, enquanto em Itapeva (SP) chega a R$ 290 — porém, essa última é considerada uma referência nominal, já que não há relatos concretos de negociações efetivas nessa faixa de preço.
“Esses movimentos refletem um mercado que, embora aparentemente estável nas referências de preços, apresenta um volume reduzido de negócios nas fontes. Ontem à noite, na Live, Marcelo Lüders destacou que o fluxo previsto de Feijão-carioca até o final do ano indica um volume final menor do que no ano passado. Ele salientou que, no mercado mundial, nada está definido, afinal as colheitas mais importantes ocorrerão de maio em diante na Argentina e no México, e nos Estados Unidos durante o segundo semestre”, conclui.