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Baixa luminosidade e umidade afetam lavouras de trigo

Excesso de chuva compromete semeadura do trigo no Rio Grande do Sul



Foto: Canva

As precipitações intensas e persistentes no Rio Grande do Sul provocaram atraso na semeadura do trigo na safra 2024. Segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (26), o plantio avançou apenas 2 pontos percentuais na semana, atingindo 39% da área prevista no estado.

O acumulado de chuvas próximo de 300 milímetros em diversas regiões produtoras comprometeu lavouras recém-implantadas, resultando em perdas por erosão, encharcamento e compactação superficial do solo, especialmente nos estágios de germinação e emergência. De acordo com a Emater, “o replantio será necessário apenas em áreas específicas com solo arenoso ou relevo desfavorável”.

Nas lavouras em desenvolvimento vegetativo, o excesso de umidade e a baixa luminosidade causaram estresse fisiológico, restringindo o perfilhamento e impedindo a aplicação de herbicidas, fungicidas e adubos em cobertura. A expectativa é que a previsão de tempo mais seco permita a retomada da semeadura dentro da janela do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC).

A estimativa de área cultivada permanece em 1.198.276 hectares, com produtividade média projetada de 2.997 kg/ha.

Na Fronteira Oeste, as lavouras de Manoel Viana e São Borja foram atingidas por alagamentos e erosões. Em São Gabriel, há registros de clorose foliar. Na região da Campanha, a semeadura segue lenta, com destaque para Caçapava do Sul e Lavras do Sul, onde o avanço é de 10% e 16%, respectivamente.

Na região de Caxias do Sul, apenas 20% da área prevista foi implantada, e há preocupação com a germinação após volumes superiores a 200 mm de chuva. Em Frederico Westphalen e Ijuí, as atividades também foram paralisadas. Em Santa Rosa, 56% da área foi semeada, com atraso em relação à safra anterior.

Em Soledade, 45% da área foi implantada, mas os volumes de chuva provocaram erosão laminar e arraste de solo, sementes e nutrientes, especialmente em áreas sem práticas conservacionistas.

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