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Importações de fertilizantes avançam no Brasil

No caso dos nitrogenados, as importações de Ureia recuaram 15%



Foto: Divulgação

As compras externas de fertilizantes seguem em ritmo acelerado no Brasil neste ano. Segundo dados divulgados pela StoneX, entre janeiro e julho de 2025 o volume importado foi significativamente maior que o registrado em igual período de 2024. Os fosfatados — como map, SSP, TSP e NP — cresceram quase 20%, enquanto os nitrogenados — Ureia, SAM e NAM — tiveram alta de 12%.

De acordo com a consultoria, o movimento está ligado ao aumento da procura por produtos de menor concentração de nutrientes, que exigem maior quantidade aplicada por hectare. Esse fator tem sustentado o avanço das importações brasileiras, reforçando a posição do país como um dos maiores compradores globais de fertilizantes.

Para o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Tomás Pernías, a tendência consolida o Brasil como destino estratégico para fornecedores internacionais. “O país se mantém como um dos principais polos de demanda, influenciando diretamente os fluxos do mercado mundial”, avalia.

Fosfatados menos concentrados ganham espaço

No segmento dos fosfatados, o comportamento das importações mudou. O Brasil trouxe 2,1 milhões de toneladas de map no período, queda de 7,6% frente ao ano passado. Por outro lado, o SSP teve crescimento de 19%, e o NP saltou aproximadamente 60% na mesma comparação.

Segundo Pernías, o cenário está atrelado à conjuntura internacional. A limitação das exportações chinesas e a maior demanda da Índia pressionaram a oferta de map e dap, elevando os preços e reduzindo a atratividade para os importadores brasileiros. Nesse contexto, alternativas como o SSP apresentaram melhor relação de custo-benefício.

Nitrogenados seguem em transição

No caso dos nitrogenados, as importações de Ureia recuaram 15%, somando 3 milhões de toneladas. Já o sulfato de amônio, produto com menor concentração de Nitrogênio e frequentemente usado como complemento ou substituto, cresceu quase 70% no mesmo intervalo.

Com essa reconfiguração, o Brasil mantém forte presença no mercado internacional, ao mesmo tempo em que ajusta seu mix de compras para atender às condições de preço e disponibilidade global.

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