Mercado do milho mantém estabilidade, mas margens seguem apertadas

O mercado do milho no Brasil continua enfrentando um cenário de estabilidade nos preços, com pouca margem para recuperação no curto prazo. Conforme análise divulgada pela Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário - CEEMA, a cotação do cereal variou levemente entre US$ 4,36 e US$ 4,48 por bushel na Bolsa de Chicago ao longo da semana analisada.

Apesar da leve alta no último dia útil (15/05), o cenário internacional ainda não favorece movimentos de alta expressiva, devido à ampla oferta global e à proximidade da colheita da segunda safra brasileira, que tende a pressionar ainda mais os preços domésticos.

No mercado físico brasileiro, o milho é negociado entre R$ 59,00 e R$ 71,00 por saca de 60 kg, dependendo da região. Em Campinas (SP), referência para o mercado interno, o preço chegou a R$ 71,00. Já no Paraná e no Mato Grosso do Sul, as cotações giraram entre R$ 59,00 e R$ 66,00.

A CEEMA destaca que a entrada da segunda safra no mercado deve aumentar a oferta de milho nas próximas semanas, reduzindo o poder de barganha dos produtores, especialmente aqueles que não possuem capacidade de armazenagem própria.

Além disso, o custo elevado da produção e a queda nos preços dificultam a formação de margem positiva para o produtor, o que exige cautela nas decisões de comercialização. A pressão adicional de milho argentino e ucraniano no mercado internacional também é observada com preocupação.