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Período de seca acabou no Sudoeste

Relatório mostra que houve recuo de até duas categorias de intensidade

Foto: Divulgação

O Monitor de Secas, relatório elaborado pela Agência Nacional de Águas (ANA), aponta o fim do período de seca no Sudoeste do Paraná. A intensidade da seca no Noroeste também reduziu, segundo o estudo, que é referente ao mês de junho e foi divulgado nesta semana. O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) é parceiro da ANA no Monitor das Secas, fazendo todos os meses a análise das regiões Sul e Sudeste do Brasil.

O documento mostra que houve recuo de até duas categorias de intensidade (de grave para fraca) no Sul e Sudoeste do Paraná - que agora ficaram sem seca relativa. Nestas regiões, a estiagem vinha se agravando todos os meses desde fevereiro. Já no Noroeste e Oeste do Paraná, a seca moderada recuou. O mapa paranaense, portanto, ficou com a metade sul sem seca, com uma faixa de seca fraca do Litoral até o Noroeste, e outra faixa, menor do que nos meses anteriores, de seca moderada na área de divisa com São Paulo. 

“A condição que favoreceu este abrandamento da seca é o alto volume de chuvas registrado em junho no Paraná, muito acima da média histórica”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar, que participa da elaboração do estudo. Em Cruzeiro do Iguaçu, no Sudoeste, por exemplo, a média de acumulado de chuva para junho é de 136,4 mm e choveu 543,4 mm, uma diferença de 406,5 mm. Foi o maior volume mensal de chuvas desde a instalação da estação na cidade, em setembro de 2021.

Os impactos da seca no Paraná apontados pelo relatório de junho são de curto prazo na região Leste, ou seja, com consequências maiores na agricultura, e de curto e longo prazo nas demais áreas do Estado, com consequências além da agricultura, também para o abastecimento de água.

Apesar do cenário positivo em junho, nos próximos relatórios podem apontar mudança na situação. O Paraná ainda tem um decreto de emergência hídrica vigente. “A tendência é de que o quadro de seca tenha agravamento nos próximos meses, já que o regime de chuvas no inverno é historicamente mais baixo”, ressalta Kneib.

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