Tecnologia por radiofrequência promete mais segurança
O método preserva o sabor e os nutrientes

O Brasil deve colher entre 322 e 336 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/25, segundo projeções do setor. Neste cenário de volume elevado e exigências internacionais crescentes por segurança alimentar e rastreabilidade, tecnologias que ampliam a eficiência da pós-colheita ganham espaço. Uma delas é a radiofrequência, solução apresentada pela italiana Stalam S.p.A., conforme destacou Marc Tres Melus, diretor do Stalam Group.
O sistema SANICROP+®, desenvolvido pela empresa, utiliza ondas de rádio para desinfestar grãos como soja, milho, arroz e cevada, sem o uso de produtos químicos. O processo é contínuo e permite não só o controle completo de insetos em todas as fases do ciclo, mas também a redução da umidade, evitando fungos e perdas na armazenagem. Segundo Melus, o método preserva o sabor e os nutrientes, garantindo um produto final com mais valor agregado.
Além dos benefícios sanitários, a tecnologia promete atender aos requisitos dos principais compradores de grãos brasileiros, como China, Europa e Oriente Médio, que exigem certificações sanitárias e processos rastreáveis. A proposta da Stalam é integrar sua solução a estruturas já existentes, como moinhos, armazéns e cooperativas, otimizando a cadeia agroindustrial sem grandes mudanças operacionais.
Com um setor cada vez mais voltado à qualidade e à sustentabilidade, alternativas como o uso da radiofrequência podem representar um avanço importante para o agro brasileiro. Elas respondem não apenas às exigências externas, mas também ao desafio interno de reduzir perdas e aumentar a competitividade da produção nacional.