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Preço do trigo mantém viés de alta

Incertezas marcam próximo plantio de trigo no Paraná


Foto: Canva

De acordo com a análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), no Brasil os preços do trigo se mantiveram com viés de leve alta, com a média gaúcha fechando a semana em R$ 63,21/saco. No Paraná os preços atingiram a R$ 67,00/saco. Um ano atrás, o preço médio do saco de trigo superior, no Rio Grande do Sul, era de R$ 68,25, enquanto no Paraná o produto estava em R$ 69,00. 

A baixa oferta de trigo superior tem deixado o mercado ainda mais apertado e competitivo, elevando os preços deste tipo de produto. Diante disso, quem possui trigo de qualidade superior resiste em vender neste momento. E para o próximo plantio, que já iniciou no Paraná, existem muitas incertezas quanto a área, o clima e os custos de produção.

Por outro lado, a moagem de trigo no Brasil cresceu 2% em 2023, frente a 2022, atingindo 12,81 milhões de toneladas. Este volume é o maior desde 2018, sendo que o volume de 2023 supera a máxima alcançada nos últimos anos, que foi de 12,7 milhões de toneladas moídas em 2020. Para o corrente ano não se espera grandes mudanças em relação ao ano anterior, já que a demanda não tem aumentado. A importação de farinha de trigo pelo Brasil, em 2023, somou 280.000 toneladas, contra 300.000 em 2022. Já a importação de trigo em grão pelo Brasil somou 4,2 milhões de toneladas no ano passado, com queda de cerca de um milhão de toneladas na comparação com 2022. A maioria das farinhas foi destinada para a indústria de panificação e pré-misturas, em um patamar de 35%, seguido do setor de massas e indústria de biscoitos, com mais de 10% cada. Outras categorias, como para embalagens de um quilo (com 12,7%), respondem pelas fatias restantes. Além disso, três novos moinhos entraram em funcionamento em 2023 aqui no Brasil, sendo que o levantamento realizado se deu a partir de 147 plantas industriais. Enfim, o setor, no Brasil, trabalha com capacidade ociosa de 24%, enquanto os Estados do Paraná e do Rio Grande do Sul são aqueles com maiores taxas de utilização da capacidade, com 86,2% e 84,6% respectivamente, frente a 76% na média nacional, conforme dados da Abitrigo.

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