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Paraná: varejo vende tomate 84% mais caro que em janeiro

Produtividade do tomate de segunda safra é afetada por calor e praga no estado



Foto: Canva

O Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado nesta quinta-feira (30) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, aponta que a colheita da primeira safra de tomate no Estado está praticamente concluída. Dos 2,5 mil hectares cultivados, 97% já foram colhidos até a semana anterior, com produção de 168,4 mil toneladas — ligeiramente abaixo da projeção inicial de 172,8 mil toneladas. A produtividade média registrada foi de 68,5 toneladas por hectare.

Os 3% ainda não colhidos apresentam desempenho satisfatório. Segundo o levantamento do Deral, 6% estão em desenvolvimento vegetativo, 34% em florescimento, 39% em frutificação e 21% em maturação. Com vida útil reduzida após a colheita, apenas 3,1% dos tomates colhidos permanecem em posse dos produtores.

A segunda safra, cultivada em 1,7 mil hectares, registrou avanço no ritmo de plantio, passando de 82% em março para 90% na última semana. A área colhida também aumentou, de 32% para 50%, representando um salto de 407 para 715 hectares. No entanto, a produtividade ficou aquém do esperado: 38,7 toneladas por hectare frente à meta de 64,8 toneladas.

Segundo os analistas, três ondas de calor ocorridas desde o início do ano, aliadas ao surgimento de uma nova praga, podem ter comprometido o desempenho das lavouras. Apesar disso, 97% das áreas estão classificadas como em boas condições e 3% como médias, o que alimenta a expectativa de recuperação para o restante da colheita. Do total plantado, 26% estão em desenvolvimento vegetativo, 20% em florescimento, 25% em frutificação e 29% em maturação.

Das 27,7 mil toneladas já colhidas na segunda safra, 24,6 mil toneladas foram comercializadas. O preço recebido pelo agricultor foi de R$ 92,83 por caixa de 23 kg em abril de 2024, valor 2,2% superior à média parcial de abril de 2025, que ficou em R$ 90,83. Em janeiro deste ano, o valor recebido era de R$ 45,95 por caixa, o que representa uma elevação de 102% em três meses.

No atacado, os preços praticados nas Centrais de Abastecimento do Paraná, em Curitiba, indicam forte oscilação. A caixa de 20 kg do tomate tipo extra AA longa vida chegou a R$ 150,00 em março, mas nesta semana foi comercializada a R$ 80,00. Isso representa queda de 46,7% em relação ao pico e de 38,5% quando comparado aos R$ 130,00 registrados na semana passada. O recuo também é de 38,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

No varejo, o quilo do tomate foi vendido a R$ 10,25 na parcial de abril, alta de 84,4% em relação a janeiro, quando o preço era de R$ 5,56, e 11,5% acima de março, quando foi comercializado a R$ 9,19. Em abril de 2024, o valor médio era de R$ 8,21, 24,8% inferior ao atual.

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