
Segundo relatório da TF Agroeconômica divulgado nesta segunda-feira (10/06), os contratos futuros de trigo, soja e milho abriram o dia em queda nas bolsas internacionais, refletindo tanto fatores climáticos nos Estados Unidos quanto a falta de definições nas negociações comerciais entre EUA e China.
O trigo voltou a ser pressionado em Chicago, com o contrato para julho caindo US$ 19,00, cotado a US$ 535,75/bushel. O clima seco nas Grandes Planícies do Sul favorece a colheita, que avançou para 4% da área, segundo o USDA. As condições das lavouras também melhoraram, com 54% consideradas boas ou excelentes, superando as expectativas do mercado. No Brasil, a Conab apontou avanço do plantio para 42% da área projetada. Os preços domésticos, no entanto, seguem mistos: R$ 1.529,67/t no Paraná (+0,33%) e R$ 1.365,19/t no Rio Grande do Sul (-0,32%).
Na soja, o mercado registrou forte queda em Chicago, com o contrato julho recuando US$ 0,25, negociado a US$ 1.057,00/bushel. A incerteza sobre os resultados das negociações comerciais entre EUA e China aumenta a volatilidade, somada ao avanço do plantio norte-americano (90% da área) e à boa condição das lavouras (68% bom/excelente). No Brasil, a saca foi negociada a R$ 128,68 no interior do Paraná, com leve alta de 0,43%, enquanto no Paraguai o preço caiu 0,46%, cotado a US$ 363,08.
O milho também abriu em baixa, com o contrato de julho em Chicago caindo US$ 12,25, a US$ 430,25/bushel. O USDA elevou para 71% a proporção das lavouras em boas/excelentes condições e relatou plantio já concluído em 97% da área. No Brasil, a colheita atinge 2%, ainda atrás da média histórica. Os preços recuaram 1,06% no indicador Cepea, fechando a R$ 68,79/saca, enquanto na B3 os contratos também recuaram. No mercado paraguaio, o milho foi negociado a US$ 165 em San Pedro e US$ 180 no Oeste do Paraná.