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Preço da gasolina cai para R$ 2,85/l com nova redução

Redução ocorre em um momento de retração nas cotações internacionais dos combustíveis



Foto: Divulgação

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (2) que vai reduzir em 5,6% o preço da gasolina A vendida às distribuidoras. A partir desta terça-feira (3), o litro passará de R$ 3,02 para R$ 2,85, uma queda de R$ 0,17 por litro. A redução ocorre em um momento de retração nas cotações internacionais dos combustíveis e amplia a competitividade da estatal frente a concorrentes. Desde dezembro de 2022, o preço da gasolina vendida pela Petrobras acumula uma redução de R$ 0,22 por litro, ou 7,3%. 

Segundo Amance Boutin, gerente de desenvolvimento de negócios da Argus, a queda anunciada estava dentro das expectativas do mercado. “A decisão, pela Petrobras, de reduzir em R$ 0,17/l seu preço de gasolina nas suas refinarias e bases primárias foi amplamente esperada por participantes de mercado e está em linha com a trajetória de preços no mercado internacional”, afirmou.

Competitividade e defesa de mercado
Um dos principais fatores por trás da medida, de acordo com a Argus, é a necessidade de manter a competitividade, especialmente no Nordeste. Em São Luís (MA), por exemplo, o preço da gasolina da Petrobras vinha superando tanto a cotação da Acelen (R$ 2,78/l) quanto o valor do produto importado (R$ 2,64/l). Com a redução, o preço da gasolina A no terminal de São Luís deve chegar a R$ 2,73/l, se reaproximando dos rivais.

Além disso, a Petrobras busca proteger sua participação de mercado não apenas frente a outras refinarias, mas também em relação ao etanol hidratado, que tem ampla oferta neste período da safra de cana-de-açúcar na região Centro-Sul.

Impacto dos fundamentos globais
A decisão da estatal também reflete o cenário internacional. O recuo nas cotações do petróleo e seus derivados desde o início do ano tem como pano de fundo a preocupação com uma possível desaceleração da economia global, especialmente após o anúncio de novas tarifas comerciais por parte do governo dos Estados Unidos.

Do lado da oferta, a retomada gradual da produção pelos países da Opep+ contribui para a pressão de queda nos preços. Segundo a Argus, a baixa adesão de alguns membros ao acordo de limitação da produção e a expectativa de desaceleração da produção americana, diante dos preços menos atrativos, também influenciam o atual movimento do mercado.

A medida da Petrobras, portanto, busca ajustar-se a esse novo contexto internacional, ao mesmo tempo em que mantém sua competitividade no mercado nacional. Para o consumidor, a expectativa é de que a redução comece a se refletir nos preços nas bombas ao longo dos próximos dias, dependendo da política comercial de cada posto.

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