Oferta limitada e sazonalidade afetam preços das frutas no Paraná
Melão e banana lideram queda de preços no estado

Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado nesta quinta-feira (10) pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a oferta de frutas oriundas de pomares nativos no Paraná permanece restrita. A situação decorre da dependência do estado em relação ao fornecimento de outras regiões do país, o que torna os preços vulneráveis a variações sazonais, condições climáticas, ocorrência de pragas e doenças, além dos custos de transporte.
De acordo com o Deral, a análise considerou os preços nominais das 12 frutas mais comercializadas na unidade de Curitiba da Ceasa/PR, comparando os dados das últimas 52 semanas com o mesmo período do ano anterior. O levantamento apontou que os preços de quatro frutas apresentaram alta, sete registraram queda e uma manteve estabilidade.
“Observamos elevação nos preços do limão tahiti, mamão formosa, morango e abacate. Por outro lado, melão, manga Tommy Atkins, banana caturra, melancia, maçã gala, abacaxi e uva Niágara apresentaram retração. A laranja pera manteve preços estáveis”, informou a análise.
O limão tahiti, por exemplo, teve aumento de 40%, oscilando entre R$ 50 e R$ 70 por caixa de 23 kg, chegando a R$ 150,00 entre setembro e outubro de 2024. O mamão formosa passou de R$ 60 para R$ 70 na caixa de 15 kg, com pico de R$ 100 em março deste ano. Já o morango, comercializado em bandeja com quatro cumbucas, passou de R$ 30 para R$ 35, embora tenha registrado valor de R$ 45 no meio de junho.
Entre os produtos com retração de preços, o melão tipo 6/8 caiu de R$ 85 para R$ 50, uma redução de 41,2%. A manga Tommy recuou de R$ 160 para R$ 120 por caixa de 20 kg, e a banana caturra desvalorizou-se de R$ 45 para R$ 35 por caixa de 20 kg. A melancia também apresentou queda de 42,9%, passando de R$ 2,20 para R$ 1,80 o quilo.
A participação do Paraná no fornecimento das frutas na Ceasa de Curitiba varia conforme o produto. O estado tem presença majoritária no fornecimento de morango (71%) e abacate (60%), mas representa apenas 0,3% no caso do mamão. Essa diferença regional contribui para a oscilação dos preços e reforça a dependência da produção interestadual.