Safra recorde e exportações fracas derrubam preço do milho

A situação do milho no Brasil permanece delicada. De acordo com a CEEMA, o cereal registrou a pior média de preços do ano, com cotações entre R$ 45,00 e R$ 62,00 por saca, sendo R$ 60,00 a média nas principais praças do Rio Grande do Sul. O enfraquecimento do mercado reflete uma combinação de fatores, como a safra recorde e as dificuldades nas exportações.

Dados da Secex mostram que o Brasil exportou apenas 369.533 toneladas de milho em junho, volume 66% inferior ao registrado no mesmo mês de 2024. Paralelamente, a colheita da segunda safra avança lentamente: apenas 27,7% da área colhida no país até o dia 5 de julho, bem abaixo da média histórica.

No Mato Grosso, a comercialização da safra 2024/25 atingiu 51% da produção, com destaque para uma safrinha estimada em 54 milhões de toneladas, um novo recorde estadual. No entanto, a safra futura, a ser plantada a partir de setembro, segue com vendas adiantadas abaixo da média histórica, segundo o Imea.

A combinação entre grande oferta, exportações enfraquecidas e colheita atrasada deixa o mercado brasileiro do milho com perspectiva de preços baixos até o final de 2025, conforme a análise da CEEMA.