Soja apresenta sinais de recuperação
Já as exportações da oleaginosa continuam enfraquecidas
As últimas análises de mercado realizadas pela Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA) revelam que as cotações da soja em Chicago demonstraram uma leve recuperação neste final de abril, embora sem avanços significativos em relação à semana anterior. De acordo com os dados fornecidos pela CEEMA, o preço do primeiro mês cotado fechou a quinta-feira (25) em US$ 11,62 por bushel, representando um aumento em comparação aos US$ 11,34 registrados uma semana antes. Entretanto, é importante ressaltar que no início do mês, o bushel chegou a ser cotado em US$ 11,85.
Um fator influente nessa dinâmica é o clima, que continua sendo um elemento central nos Estados Unidos nesta época do ano. Além disso, os problemas enfrentados pelo trigo em diversas regiões do mundo acabaram exercendo pressão sobre as cotações do cereal, refletindo-se parcialmente sobre a soja e o milho em Chicago.
Especificamente em relação à soja nos EUA, as condições climáticas indicam a ocorrência de chuvas sobre as áreas semeadas nos próximos dias. Contudo, as exportações da oleaginosa continuam enfraquecidas, o que limita possíveis elevações nas cotações.
A safra sul-americana, por sua vez, está em fase de término de colheita, seguindo dentro da normalidade apesar de uma produção ligeiramente menor do que o esperado. Até o dia 21 de abril, os Estados Unidos haviam plantado 8% da área esperada com soja, superando a média histórica para esta data, que é de 4%.
Em relação aos embarques de soja dos EUA, na semana encerrada em 18 de abril, o volume atingiu 435.256 toneladas, ficando abaixo do registrado na semana anterior. No acumulado do ano comercial atual, os EUA já embarcaram 38,5 milhões de toneladas de soja, comparado a mais de 47 milhões no mesmo período do ano passado. Na semana encerrada em 25 de abril, o volume exportado foi ainda menor, totalizando 210.900 toneladas relativas à safra 2023/24.