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Milho fecha misto na B3 e renova mínimas em Chicago

Na B3, o contrato de setembro/25 fechou a R$ 66,58



Na B3, o contrato de setembro/25 fechou a R$ 66,58 Na B3, o contrato de setembro/25 fechou a R$ 66,58 - Foto: Pixabay

Os contratos futuros de milho encerraram a segunda-feira (4) com movimentações mistas na B3, refletindo a tensão entre a previsão de alta produtividade e o atraso da colheita no Brasil. Segundo informações da TF Agroeconômica, os preços seguem pressionados por Chicago e pelo dólar, mas a resistência à queda no interior se mantém devido aos prêmios ainda elevados nos portos.

Apesar disso, o cenário doméstico apresenta sinais de fraqueza. De acordo com o Cepea, após leve recuperação, as cotações voltaram a cair na última semana, puxadas pela ausência de compradores no mercado físico, que esperam novas desvalorizações com o avanço da colheita da segunda safra. As exportações também decepcionam: entre fevereiro e a quarta semana de julho, o Brasil embarcou apenas 4,3 milhões de toneladas de milho, contra 7 milhões no mesmo período de 2024, e bem abaixo da meta de 34 milhões até janeiro de 2026, conforme dados da Secex e da Conab.

Na B3, o contrato de setembro/25 fechou a R$ 66,58, com queda de R$ 0,47 no dia, mas alta semanal de R$ 1,53. Novembro/25 subiu R$ 0,17 no dia, cotado a R$ 69,41. Já janeiro/26 teve leve alta diária de R$ 0,10, finalizando a R$ 72,80. Enquanto isso, em Chicago, os preços renovaram mínimas da temporada com a expectativa de grande safra nos EUA e avanço da colheita no Brasil. O contrato de setembro fechou em US$ 3,87/bushel (-0,64%) e o de dezembro a US$ 4,07/bushel (-0,91%).

Don Roose, presidente da U.S. Commodities, destacou à Reuters que o clima nos EUA permanece favorável e que o milho brasileiro está chegando com força ao mercado externo. Já Massab Qayum, da Advance Trading, observa que 72% da lavoura americana está classificada como boa a excelente, índice raramente visto nas últimas décadas, o que eleva a perspectiva de uma produtividade superior a 400 milhões de toneladas, caso o clima continue colaborando durante a colheita.

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