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Mercado global da soja recua à espera de relatório do USDA

Clima favorece safra nos EUA e derruba cotações da soja no mercado internacional



Foto: United Soybean Board

As cotações internacionais da soja encerraram a semana em queda na Bolsa de Chicago, refletindo a combinação de um clima favorável nos Estados Unidos e dificuldades logísticas na Argentina. Segundo informações divulgadas pela Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário - CEEMA, o contrato da oleaginosa para o primeiro mês cotado fechou na quinta-feira (08/05) a US$ 10,36/bushel, abaixo dos US$ 10,40 registrados na semana anterior.

O mercado aguarda com expectativa o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para 12 de maio, que trará as primeiras projeções para a safra 2025/26. Até o dia 4 deste mês, o plantio norte-americano da soja atingia 30% da área esperada, acima da média histórica de 23%. Desse total, 7% das lavouras já haviam germinado.

Na Argentina, o cenário é oposto. A colheita segue atrasada devido às chuvas, com apenas 25% da área colhida até o início de maio — nove pontos percentuais atrás do ano passado. Mesmo assim, o Ministério da Agricultura do país mantém a estimativa de produção em 49 milhões de toneladas.

A queda nos preços também foi influenciada pelo recuo nos prêmios de exportação e pela valorização do real frente ao dólar. Os prêmios de maio em Paranaguá caíram para US$ 0,35/bushel, enquanto o dólar flertou com R$ 5,60 durante a semana, chegando a R$ 5,74 na quinta-feira (08).

Enquanto isso, a exportação brasileira de soja segue em ritmo forte. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estima embarques de 12,6 milhões de toneladas em maio, número apenas ligeiramente inferior ao registrado no mesmo mês de 2024. Segundo a CEEMA, o quadro geral ainda aponta para estoques finais brasileiros em 4,6 milhões de toneladas, favorecendo a continuidade das exportações, principalmente diante das incertezas comerciais entre Estados Unidos e China.

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