Soja encerra semana em alta na Bolsa
A movimentação foi influenciada pela revisão de área do USDA

A soja encerrou a sexta-feira (15) e a semana em alta na Bolsa de Chicago (CBOT), sustentada por menor área cultivada nos Estados Unidos em seis anos e por um esmagamento interno recorde. Segundo a TF Agroeconômica, a demanda internacional também segue firme, exceto pela China, fator que contribuiu para o movimento de valorização do grão e seus derivados.
No fechamento do dia, o contrato de soja para setembro, referência para a safra brasileira, subiu 1,46% ou US$ 14,75 cents/bushel, cotado a US$ 1.022,25. Já o contrato de novembro avançou 1,36% ou US$ 14,00 cents/bushel, chegando a US$ 1.042,50. Entre os subprodutos, o farelo de soja para setembro recuou 0,32% ou US$ 0,90/ton curta, a US$ 283,40, enquanto o óleo de soja para o mesmo mês registrou alta expressiva de 2,29% ou US$ 1,19/libra-peso, fechando em US$ 53,18.
A movimentação foi influenciada pela revisão de área do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) no relatório WASDE desta semana. O analista Kenan Layden, da AgMarket.net, destacou que a troca de dois milhões de acres entre milho e soja entre os relatórios de junho e agosto é comum, mas ressaltou que não se via um aumento dessa magnitude desde 1995. O ajuste surpreendeu o mercado e reforçou o viés de alta para a oleaginosa.
No acumulado da semana, a soja valorizou 5,63% ou US$ 54,50 cents/bushel. O farelo acompanhou a tendência positiva, subindo 2,46% ou US$ 6,80/ton curta, enquanto o óleo de soja avançou 0,89% ou US$ 0,47/libra-peso no período. O cenário confirma a força do mercado diante do quadro de oferta mais restrita e de uma demanda ainda aquecida.