Demanda por fertilizantes em alta e demanda cresce 11%

O agronegócio vive um novo capítulo no abastecimento de insumos. De janeiro a maio de 2025, as entregas de fertilizantes ao mercado interno somaram 15,83 milhões de toneladas, representando um avanço de 11,4% em comparação com o mesmo período do ano passado.  Segundo informações da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), apenas no mês de maio foram distribuídas 3,70 milhões de toneladas, um crescimento de 13,8% em relação ao mesmo mês de 2024.

O Estado de Mato Grosso se destaca como o principal consumidor, respondendo sozinho por 24% do total entregue — o equivalente a 3,80 milhões de toneladas. Na sequência aparecem Paraná (2,32 milhões), Goiás (1,62 milhões) e São Paulo (1,55 milhão).

Esse avanço não se limita ao consumo. A produção nacional de fertilizantes intermediários também aumentou. Foram 658 mil toneladas produzidas em maio, alta de 20,1% frente ao mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, a fabricação já chega a 2,91 milhões de toneladas, marcando uma elevação de 11,4%.

Na outra ponta da cadeia, as importações continuam a ocupar papel estratégico. De janeiro a maio, o Brasil importou 14,92 milhões de toneladas de fertilizantes intermediários — 13,9% a mais que em 2024. Em maio, o volume foi de 3,66 milhões, com alta de 19,2%. O Porto de Paranaguá, principal entrada dos insumos, respondeu por 4,03 milhões de toneladas, o que representa 27% do total nacional e um crescimento de 12,5% na comparação anual.

Os dados reforçam o cenário de intensificação das operações logísticas e de preparação para a próxima temporada agrícola. A cadeia de insumos responde com dinamismo, mas também impõe reflexões sobre dependência externa, infraestrutura portuária e políticas de produção local.