Trigo avança com clima favorável e manejo adequado
Condições climáticas impulsionam trigo no Rio Grande do Sul

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado na quinta-feira (7) pela Emater/RS-Ascar, as lavouras de trigo no Rio Grande do Sul apresentam bom desempenho nas principais regiões produtoras, com avanços no desenvolvimento vegetativo e nas práticas de manejo.
Na região administrativa de Caxias do Sul, a semeadura foi concluída, com as últimas operações realizadas nos Campos de Cima da Serra. Conforme o boletim, as lavouras apresentam “excelente estabelecimento inicial”. Áreas implantadas no início de junho tiveram germinação desuniforme e baixa densidade de plantas devido ao excesso de chuvas, mas representam pequena parcela do total cultivado. Nas áreas semeadas mais cedo, já foram aplicados herbicidas para controle de plantas daninhas e adubação nitrogenada em cobertura.
Em Frederico Westphalen, os cultivos registram elevada taxa de afilhamento e avanço no desenvolvimento vegetativo em comparação à semana anterior. O boletim atribui esse resultado às condições climáticas favoráveis e à adubação nitrogenada. Nas lavouras mais tardias, há aplicação intensiva de herbicidas para controle de azevém, enquanto nas áreas mais adiantadas são realizadas aplicações preventivas de fungicidas.
Na região de Ijuí, o desenvolvimento é considerado “muito satisfatório”, com vigor vegetativo e sanidade adequados. As lavouras semeadas no fim de maio, que representam cerca de 20% do total, estão entre o alongamento do colmo e o início do emborrachamento, devendo emitir espigas nos próximos dias. Segundo a Emater/RS-Ascar, o resultado é reflexo da boa implantação e da eficácia do manejo nutricional e fitossanitário.
Em Santa Maria, a alternância de chuvas e períodos de radiação solar favoreceu a retomada do crescimento vegetativo, permitindo a aplicação da adubação nitrogenada em cobertura, considerada estratégica para o incremento do perfilhamento e do potencial produtivo.
Na região de Santa Rosa, 98% das lavouras estão na fase vegetativa e 2% em fase reprodutiva inicial, com emissão de espigas. As condições climáticas amenas e a boa disponibilidade de água favoreceram o crescimento, com plantas entre 15 e 20 centímetros. Parte das áreas, no entanto, foi implantada com baixo nível tecnológico, sem adubação de base ou com doses inferiores às recomendadas, devido a restrições de crédito rural e ao alto custo de acesso ao Proagro.
Em Soledade, o tempo firme, as temperaturas amenas e a radiação solar favoreceram o desenvolvimento, intensificando a coloração verde das lavouras. Contudo, áreas conduzidas com baixa tecnologia apresentam deficiência nutricional agravada por processos erosivos causados por chuvas intensas. A Emater/RS-Ascar indica que essas áreas ainda podem se recuperar com a aplicação complementar de adubos nitrogenados, de acordo com o estágio das plantas.