Avicultura projeta crescimento com retomada das exportações

A avicultura brasileira caminha para um ciclo de recuperação e crescimento sustentado em 2025, impulsionada pela estabilidade sanitária, queda nos custos de produção e retomada das exportações. A expectativa positiva foi reforçada durante o 11º Encontro Avícola e Empresarial da Unifrango, realizado em Maringá (PR), que reuniu lideranças e especialistas do setor.

Segundo análise apresentada pelo presidente da Unifrango, Hugo Bongiorno, o setor deve encerrar o próximo ano com resultados superiores aos de 2024. A avaliação considera a redução nos preços das commodities, o baixo estoque de pintainhos de um dia — o que ajuda a equilibrar a oferta — e, principalmente, o controle da influenza aviária no país, que manteve o Brasil com o status de livre da doença.

“Mesmo com as adversidades, esperamos que a tendência siga positiva. O mercado internacional apresenta estoques baixos, e com a reabertura gradual dos mercados europeu e asiático, podemos até ver aumento nos preços hoje praticados”, afirmou Bongiorno. Ele destaca ainda a permanência das compras de carne de frango por países estratégicos como Japão e México, que seguiram adquirindo o produto de regiões brasileiras livres da gripe aviária.

Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também embasam o otimismo: o consumo per capita de carne de frango subiu de 45,1 kg para 45,5 kg, e a produção nacional alcançou 14,9 milhões de toneladas em 2024. A expectativa é que esses números cresçam ainda mais em 2025, acompanhando o cenário internacional favorável e a crescente demanda interna.

Para o presidente da Unifrango, a forma rápida e transparente com que o Brasil lidou com o surto da doença no Rio Grande do Sul foi essencial para preservar a confiança dos compradores internacionais. “O mais importante é não termos novos registros em granjas comerciais. Estamos no caminho certo quando o assunto é biosseguridade”, ressaltou.

O encontro realizado em Maringá teve como tema “Crescimento Impulsionando a Evolução” e contou com a presença de autoridades como Luis Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, e Dra. Juliana Satie, diretora do Dipoa. Durante os três dias de evento, os participantes discutiram os desafios e as soluções para manter a avicultura como um dos pilares do agronegócio nacional.