Alta no consumo global reduz folga nos estoques de milho
Contrato para julho de 2026 encerrou a semana com queda de 0,13%

A projeção da safra global de milho para 2025/26 passou por importantes ajustes, conforme divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em boletim publicado no dia 12 de junho. O relatório, que traz o segundo balanço mundial de oferta e demanda para o ciclo, indica um leve aumento na produção e uma redução nos estoques finais, refletindo um cenário de consumo mais aquecido e oferta ajustada.
Segundo informações do boletim informativo do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), a estimativa de produção mundial foi revisada para cima em 0,08% em comparação com o relatório de maio, alcançando 1,27 bilhão de toneladas. Apesar do crescimento, os estoques iniciais foram ajustados para baixo em 0,78%, o que impactou negativamente a oferta total, agora estimada em 1,74 bilhão de toneladas — redução de 0,07% no comparativo mensal.
Do lado da demanda, o cenário se mostra positivo. A projeção de consumo mundial subiu 0,11% frente ao mês anterior, totalizando também 1,27 bilhão de toneladas. Com isso, a estimativa para a demanda total foi ajustada para 1,46 bilhão de toneladas, representando um incremento de 0,09%. Esse movimento sinaliza uma retomada do uso do cereal em setores industriais e na alimentação animal.
Como consequência, os estoques finais globais da safra 2025/26 foram revistos para baixo em 0,94%, ficando agora em 275,24 milhões de toneladas. A redução reforça a percepção de que, apesar da leve alta na produção, o consumo mais aquecido deve manter o mercado com menor folga nos estoques nos próximos meses.
Mesmo com esse cenário de menor disponibilidade futura, os preços do milho na Bolsa de Chicago registraram recuo. O contrato para julho de 2026 encerrou a semana com queda de 0,13%, influenciado principalmente pelas boas condições climáticas em regiões produtoras, o que reduz a percepção de risco imediato para a próxima safra.