Exportações de soja somam 77,4 milhões até julho

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou, por meio do Boletim Logístico de agosto, que produtores de soja no Brasil têm buscado contratos com entrega futura. Segundo o órgão, a expectativa é de que a maior oferta de caminhões com o avanço da colheita do milho segunda safra contribua para reduzir os custos do transporte nos próximos meses. O câmbio também tem favorecido o mercado físico doméstico, mas os custos logísticos ainda são considerados um dos principais entraves à comercialização no curto prazo.

De acordo com a Conab, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos elevou a produtividade média da oleaginosa no país para 3,6 toneladas por hectare. No entanto, houve redução de um milhão de hectares na área plantada, o que resultou em nova estimativa de produção de 116,8 milhões de toneladas.

Com o mercado internacional voltado ao fornecimento da América do Sul, o Brasil mantém posição central nas negociações da oleaginosa. “A forte demanda chinesa tem sido decisiva para sustentar a recuperação dos preços internacionais”, destaca o boletim. O documento também aponta que a indefinição de um acordo comercial entre China e Estados Unidos, somada à decisão da Argentina de retomar a cobrança integral das retenciones, tende a beneficiar os embarques brasileiros.

As exportações nacionais de soja em grãos entre janeiro e julho de 2025 somaram 77,4 milhões de toneladas, ante 77,2 milhões no mesmo período do ano passado. Pelo Arco Norte foram expedidos 38,2% do total, contra 36,5% no ano anterior. O porto de Santos respondeu por 35,9% das cargas, frente a 34,5% em 2024. Já Paranaguá registrou participação de 11,9% contra 12,5% no período anterior, e São Francisco do Sul embarcou 5,2%, contra 6,2%. As origens das cargas foram, principalmente, Mato Grosso, Goiás, Paraná e Minas Gerais.