Existe uma desaceleração em curso
Em termos anuais, a economia brasileira avançou 2,2%

O crescimento do emprego nos Estados Unidos desacelerou de forma significativa em agosto, com a criação de apenas 22 mil vagas, bem abaixo da expectativa do mercado de 75 mil, e a taxa de desemprego subiu para 4,3%, a mais alta desde 2021. A informação é baseada em estudo realizado pelos especialistas do Rabobank, Maurício Une e Renan Alves.
No Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) do 2º trimestre de 2025 desacelerou, registrando crescimento de 0,4% em relação ao trimestre anterior (mercado: 0,3%; Rabobank: 0,3%), impulsionado pela queda da agropecuária, enquanto setores mais sensíveis à política monetária restritiva, como serviços e indústria, ainda resistem. Em termos anuais, a economia brasileira avançou 2,2% em relação ao 2º trimestre de 2024, com serviços atingindo patamar recorde e o consumo das famílias mantendo-se firme.
A produção industrial (PI) retomou a tendência de queda, totalizando quatro meses consecutivos sem crescimento, registrando baixa de 0,2% em julho (mercado: -0,4%; Rabobank: -0,6%). Enquanto isso, o comércio exterior apresentou desaceleração nas importações, mas manteve superávit comercial de US$ 6,1 bilhões em agosto (mercado: 6,0 bi; Rabobank: 6,2 bi), enquanto o déficit em transações correntes alcançou US$ 7,1 bilhões em julho, sem expectativa de melhora.
No front financeiro, o dólar encerrou a semana anterior cotado a R$ 5,4496, refletindo depreciação de 0,31% frente à moeda americana, e a expectativa do Rabobank é que a cotação alcance R$ 5,75 ao fim de 2025. Para os próximos dias, o mercado volta-se para indicadores de inflação e atividade, como o IPCA de agosto no Brasil, PMCs e PMS de julho, além das decisões de política monetária no Chile e no Peru, projetadas para 4,75% e 4,25%, respectivamente.