Alta do glifosato pode apertar safra 2025
Informação é importante para o planejamento da safra

Nos últimos três meses, o preço do glifosato, o herbicida mais consumido no Brasil, subiu mais de 14% na China, principal fornecedora desse produto para o mercado brasileiro. Segundo Jeferson Souza, gerente de inteligência de mercado, essa alta é uma resposta natural à dinâmica de oferta e demanda, após um período de preços muito baixos. Ele destaca que o glifosato chegou a ser negociado próximo a 13 dólares o quilo entre 2021 e 2022, e, neste início de ano, os preços estavam na faixa de 13,10 a 13,20 dólares o quilo na China.
Souza explica que o aumento dos preços reflete uma demanda crescente, com o Brasil importando 70% a mais de glifosato no último ano, o que sinaliza uma oferta chinesa menos abundante. Contudo, ele alerta que, diferente dos fertilizantes — cujos preços domésticos no Brasil reagem rapidamente a variações internacionais — os defensivos agrícolas têm uma dinâmica mais lenta de ajuste no mercado interno. Para o produtor rural que está planejando a próxima safra, essa informação é crucial, já que cerca de 40% da demanda por defensivos, incluindo herbicidas, fungicidas e inseticidas, ainda está aberta para o período.
No caso específico do milho safrinha, estima-se que 80% da demanda por defensivos ainda esteja por definir, e as relações de troca entre milho, soja e glifosato continuam favoráveis para o produtor. Por isso, Jeferson Souza reforça que entender esses movimentos de preço é fundamental para evitar margens apertadas causadas por decisões equivocadas no início da temporada agrícola 2025-2026. As informações foram publicadas no LinkedIn.