Soja fecha em baixa na Bolsa de Chicago

A soja registrou queda nos preços na Bolsa de Chicago nesta terça-feira, acompanhando a retração do óleo de soja e do petróleo, segundo análise da TF Agroeconômica. O contrato de soja para julho, que é referência para a safra brasileira, encerrou o pregão com baixa de 1,13%, caindo 12 cents por bushel e fechando a US$ 1.046,75. Já o contrato de agosto teve baixa semelhante, de 1,11%, fechando a US$ 1.050,25. O farelo de soja para julho também recuou 0,67%, sendo cotado a US$ 280,50 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja fechou em baixa expressiva de 2,01%, a US$ 52,17 por libra-peso.

A queda dos preços da soja está relacionada principalmente à diminuição das tensões no Oriente Médio, que provocou uma realização de lucros no mercado do óleo de soja, um dos principais subprodutos da oleaginosa. Apesar de o óleo de soja ainda estar quase 10% acima do nível prévio aos ataques entre Israel e Irã, o alívio geopolítico abriu espaço para uma correção mais acentuada nos preços. Além disso, o avanço na reta final do plantio nos Estados Unidos, com condições climáticas favoráveis e boa qualidade das lavouras, adiciona pressão baixista às cotações.

Outro fator que contribui para o movimento de baixa é a falta de interesse da China na soja da nova safra americana, mesmo diante da aparente trégua na disputa comercial anunciada pela Casa Branca. As boas condições ambientais para o desenvolvimento de grãos secundários na região do cinturão soja/milho também reforçam a expectativa de oferta adequada, sustentando o movimento de queda. Com esses elementos, o mercado da soja segue atento à evolução dos fatores climáticos e geopolíticos que podem influenciar as cotações nos próximos dias.