Milho recua na B3 com possível maior produção na safrinha
A queda também reflete o fraco desempenho da demanda interna

Segundo informações da TF Agroeconômica, os contratos futuros de milho na B3 encerraram a terça-feira (20/08) em queda, pressionados pela expectativa de aumento na produção da safrinha brasileira. A consultoria Céleres revisou para cima sua projeção para a colheita total de milho no país, estimando agora 135,40 milhões de toneladas, frente às 134,80 milhões do relatório anterior. Esse cenário fortalece a possibilidade de revisão nos relatórios de oferta e demanda do USDA e da Conab nos próximos dias, o que vem influenciando diretamente os preços.
A queda também reflete o fraco desempenho da demanda interna. De acordo com o Cepea, os consumidores seguem priorizando o uso de estoques e aguardam por novas desvalorizações, apostando em uma boa colheita na segunda safra. Como resultado, os principais vencimentos na B3 apresentaram baixas no dia. Julho de 2025 encerrou a R\$ 65,26, queda de R\$ 0,44 no dia e R\$ 2,10 na semana. Setembro fechou a R\$ 66,30, recuo de R\$ 0,50 no dia e R\$ 1,75 na semana. Novembro terminou a R\$ 68,63, queda de R\$ 0,67 no dia e R\$ 2,11 na semana.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho teve um desempenho misto. O contrato de julho subiu 0,16%, encerrando a 455,50 centavos de dólar por bushel. Já o contrato para setembro recuou 0,58%, fechando a 430,25 centavos de dólar por bushel. A alta nos primeiros contratos foi puxada por compras de oportunidade, mas os vencimentos mais longos seguiram pressionados pela rápida semeadura da safra americana, que já atinge 40% da área esperada, contra 35% no mesmo período do ano passado, e pelas boas condições do milho safrinha no Brasil.