Milho fecha com cotações mistas na B3 e queda em Chicago
Nos EUA, os contratos na Bolsa de Chicago (CBOT) recuaram

Os preços futuros do milho encerraram a quinta-feira (17) de forma mista na B3, em movimento descolado do mercado internacional e da cotação do dólar. Segundo a TF Agroeconômica, o principal fator interno foi o atraso na colheita, aliado a uma possível demanda reprimida para exportação, o que favoreceu leve recuperação no mercado físico brasileiro.
O contrato mais curto da B3, que durante meses permaneceu abaixo do indicador Cepea, agora registra R\$ 1,10 acima, sinalizando reação do mercado. Entre os fechamentos do dia, o milho para setembro/25 subiu R\$ 0,45 e terminou cotado a R\$ 64,48, acumulando alta semanal de R\$ 1,53. Já o contrato de novembro/25 fechou em R\$ 67,77 (+R\$ 0,20 no dia e +R\$ 1,16 na semana), enquanto o de janeiro/26 encerrou a R\$ 71,62 (+R\$ 0,07 no dia e +R\$ 0,61 na semana).
Nos EUA, os contratos na Bolsa de Chicago (CBOT) recuaram, influenciados pela fraca demanda de exportação e o chamado “efeito Coca-Cola”. O contrato de setembro caiu 0,80%, para \$402,00/bushel, e o de dezembro recuou 0,71%, a \$421,00/bushel. As vendas externas semanais caíram 69%, com destaque para os cancelamentos de cerca de 470 mil toneladas por destinos desconhecidos e pelo México.
No campo político, declarações do ex-presidente Donald Trump sugerindo a substituição do xarope de milho por açúcar de cana geraram preocupação entre produtores norte-americanos. Segundo a Reuters, o adoçante representa uma demanda anual de cerca de 10 milhões de toneladas de milho. Apesar das pressões, o Conselho Internacional de Grãos (IGC) elevou a estimativa da safra global 2025/26 para 1,276 bilhão de toneladas, próxima ao consumo projetado de 1,272 bilhão, com os EUA compensando perdas na Hungria e Romênia.