Soja recua em Chicago com clima favorável nos EUA
Os derivados também seguiram a tendência de baixa

A cotação da soja voltou a cair na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quarta-feira (30), pressionada por fatores climáticos positivos nos Estados Unidos e pela ausência da China nas listas semanais de compradores. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de agosto, referência para a safra brasileira, recuou 1,43% ou 14,00 cents/bushel, encerrando o dia a US$ 967,75. Já o contrato de setembro caiu 1,39%, a US$ 975,75/bushel.
Os derivados também seguiram a tendência de baixa: o farelo de soja para agosto fechou com queda de 0,38% (US$ 260,70/ton curta), enquanto o óleo de soja caiu 1,81%, a US$ 56,50/libra-peso. A ausência de compradores chineses, que respondem por cerca de 50% das exportações norte-americanas de soja, tem sido um fator decisivo para a pressão negativa sobre os preços, agravada pelas condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento das lavouras no cinturão produtivo dos EUA.
As previsões para os próximos 6 a 14 dias indicam chuvas acima da média, o que reforça a expectativa de uma boa safra. Além disso, o mercado está atento à possibilidade de uma nova trégua tarifária de 90 dias entre Estados Unidos e China, o que poderia postergar ainda mais as decisões de compra por parte do maior importador mundial da oleaginosa.
A demanda chinesa também tende a se enfraquecer nos próximos meses, após importações recordes no início do ano e um aumento dos estoques locais de farelo, diante de um consumo menor por parte da indústria de ração. De acordo com o analista Wang Wenshen, se os preços continuarem baixos e as margens das processadoras se mantiverem apertadas, as compras chinesas no quarto trimestre devem ficar aquém das expectativas.