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China ainda é vantajosa para o Brasil

Os exportadores brasileiros enfrentam desafios na logística, autorização chinesa para exportação e questões políticas


“Desta forma, a exportação do agronegócio brasileiro para a China enfrenta uma série de desafios" “Desta forma, a exportação do agronegócio brasileiro para a China enfrenta uma série de desafios" - Foto: Porto de Shanghai

Os agroexportadores brasileiros têm na China seu principal mercado devido ao tamanho do consumo chinês, impulsionado pelo crescimento econômico e mudanças nos hábitos alimentares. Embora a China importe mais de 100 bilhões de dólares em alimentos anualmente, ela também é uma grande produtora agrícola. A segurança alimentar é uma prioridade nas políticas chinesas, o que resulta em incentivos para o aumento da produção interna, limitando o crescimento das importações.

“Desta forma, a exportação do agronegócio brasileiro para a China enfrenta uma série de desafios. Alguns deles, o agroprodutor nacional tem sido capaz de enfrentar à semelhança do que já fez em relação aos mercados europeu e norte-americano, como a atender a demandas regulatórias que exigem padrões bastante elevados dos produtos exportados e reduzir custos para se manter competitivos diante da tributação. No que toca à esta última, a China hoje faz parte da Organização Mundial do Comércio, sendo possível a utilização de mecanismos legais para lidar com eventuais taxações desproporcionais”, afirma Emanuel Pessoa é advogado especializado em direito internacional. 

Os exportadores brasileiros enfrentam desafios na logística, autorização chinesa para exportação e questões políticas. Apesar do uso predominante do transporte ferroviário para milho e soja, o transporte rodoviário ainda é significativo, representando mais de 40% da carga e cerca de 75% do total de mercadorias, mas é mais lento, caro e ineficiente. Isso reduz a margem de lucro dos produtores e limita a acumulação de capital. 

A acumulação de capital é crucial para a independência financeira dos produtores, reduzindo as taxas de juros e incentivando investimentos em atividades conexas, como o beneficiamento e a industrialização. Ajustes na logística e redução da burocracia podem impulsionar as exportações de óleo e derivados de soja, em vez de soja bruta.
 

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