Milho despenca: Exportar é a saída?
"No mercado externo, o milho brasileiro deveria se tornar mais competitivo"

A colheita da safrinha de milho deve ganhar força nas próximas semanas, com volumes bastante expressivos. Segundo Marcos Rubin, CEO e fundador da Veeries, os preços, que já vinham pressionados, tendem a seguir em queda, acompanhando a consolidação dessa oferta recorde.
Apesar disso, há incertezas no ar. No mercado interno, a pressão sobre os preços deve encontrar um limite, quando os produtores passam a segurar as vendas. Além disso, o aumento no volume colhido deve impactar diretamente os fretes, que devem se ajustar, especialmente nos principais corredores logísticos do Mato Grosso.
“A colheita deve ganhar ritmo nas próximas semanas e os volumes são expressivos. Os preços já vinham pressionados e devem seguir essa trajetória conforme a oferta recorde se consolida. Ainda assim, há um grau considerável de incerteza no ar”, comenta.
No mercado externo, o milho brasileiro se torna mais competitivo. A China segue comprando com cautela, mas Rubin destaca que, se os preços forem atrativos, o Brasil poderá ampliar significativamente as exportações para diversos destinos. Em resumo, milho para exportação não faltará. O desafio está no ajuste de preços para garantir uma demanda firme e sustentável nos mercados internacionais.
“No mercado externo, o milho brasileiro deveria se tornar mais competitivo. A China mantém uma postura cautelosa nas importações, mas a verdade é que, dependendo dos nossos preços, pode haver estímulo a expressivos volumes de exportação para diversos clientes. Milho para exportar teremos bastante – só precisamos ajustar os preços para encontrar uma demanda firme”, conclui.