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Produção de etanol a partir do sorgo avança

“O primeiro ponto a destacar é que o rendimento desse grão é semelhante ao do milho"



“O primeiro ponto a destacar é que o rendimento desse grão é semelhante ao do milho" “O primeiro ponto a destacar é que o rendimento desse grão é semelhante ao do milho" - Foto: Pixabay

A produção de etanol a partir do sorgo vem ganhando força no Brasil, impulsionada pela crescente demanda por biocombustíveis e pela busca por matérias-primas mais acessíveis. Segundo o Anuário de 2024 da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o país bateu recorde com quase 43 bilhões de litros de etanol e biodiesel produzidos, consolidando-se como protagonista global em energias renováveis e na redução de emissões de gases de efeito estufa.

Com rendimento semelhante ao do milho e custo mais baixo, o sorgo surge como alternativa rentável para as usinas, especialmente no Centro-Oeste, que já contam com estrutura adaptada para o etanol de milho e ainda é alternativa a cana-de-açúcar. A engenheira agrônoma Ana Scavone, da Advanta Seeds, destaca que, apesar de o sorgo não gerar óleo como subproduto, ele oferece o DDG, um farelo proteico de alto valor na alimentação animal. 

“O primeiro ponto a destacar é que o rendimento desse grão é semelhante ao do milho na produção de etanol. Entretanto, por ser mais barato, torna-se uma opção interessante para a indústria economicamente falando, pois, o custo final será menor”, explica. 

Atualmente, três usinas já operam ou estão em fase final de adaptação para processar sorgo, localizadas em Sidrolândia (MS), Balsas (MA) e no Vale do Araguaia (MT). A tendência aponta para a ampliação do uso do cereal, que deixa de ser alternativa e começa a se consolidar como protagonista na matriz dos biocombustíveis. 

“O etanol de milho já é algo consolidado no Brasil e as agroindústrias precisam fazer poucas modificações nas máquinas para poder esmagar também o sorgo. Já existem três unidades que foram projetadas adaptando esse modelo híbrido, uma em Sidrolândia, Mato Grosso do Sul, outra em Balsas, Maranhão e uma terceira no Vale do Araguaia, no Mato Grosso, que está próxima de ser finalizada. E esse é só o começo”, finaliza a líder de desenvolvimento de novos negócios da Advanta Seeds.

  

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