Dólar em queda pressiona preços do trigo com semeadura na reta final
Mercado segue com baixa liquidez

A semeadura do trigo caminha para a reta final no Brasil, e os produtores seguem com foco nas atividades de campo. Essa movimentação tem reduzido a oferta do cereal no mercado interno, enquanto compradores priorizam negociações com o mercado externo, o que mantém o ritmo lento nas vendas à vista no país.
De acordo com as informações divulgadas pelo Cepea, esse cenário contribui para uma liquidez reduzida no spot nacional. Além disso, a queda do dólar frente ao real na última semana pressionou ainda mais os preços do cereal no mercado disponível.
Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o dia 19 de julho, cerca de 96,9% da área estimada para o plantio de trigo já havia sido semeada no país. O ritmo está em linha com o mesmo período de 2024 e também com a média dos últimos cinco anos. Apenas os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina ainda não concluíram completamente o plantio.
Enquanto isso, a colheita já avança em Goiás e teve início em Minas Gerais, sinalizando que a safra começa a ganhar ritmo em algumas regiões. Com a colheita se aproximando nas demais áreas produtoras e o câmbio menos favorável às exportações, o mercado interno pode seguir pressionado nas próximas semanas.
A expectativa é de que, com o término da semeadura e o avanço da colheita, o cenário de comercialização possa mudar, especialmente se houver variações significativas nos preços internacionais e na taxa de câmbio.