CI

Região do Mar Negro tem clima desfavorável

Seca e calor afetam produção agrícola



Foto: Divulgação

De acordo com o Weekly Weather and Crop Bulletin, divulgado nesta terça-feira (29) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as condições climáticas variaram significativamente entre o norte e o sul da região ocidental da antiga União Soviética (FSU).

O relatório indica que “chuvas generalizadas nas áreas de cultivo do norte contrastaram com o tempo quente e seco das regiões adjacentes ao Mar Negro”. Uma frente estacionária dividiu as temperaturas próximas à média ao norte do calor persistente registrado no sul, onde as temperaturas atingiram entre 2°C e 4°C acima do normal.

Segundo o USDA, “ao longo e ao norte da frente, as chuvas moderadas a fortes, com volumes entre 10 e 75 milímetros, aumentaram os suprimentos de umidade para o enchimento de grãos de primavera e para as culturas reprodutivas de verão da Bielorrússia, norte da Ucrânia e centro-oeste da Rússia”. No entanto, no sul da Moldávia, no sul da Ucrânia e no Distrito Sul da Rússia, o clima choveu seco, com máximas semanais acima dos 30°C. A combinação entre altas temperaturas e seca de curto prazo eleva os níveis de estresse sobre os cultivos de milho, girassol e soja.

O boletim destacou ainda que, “de fato, o Índice de Saúde da Vegetação (VHI), obtido por satélite, manteve a tendência de queda acentuada no Krai de Krasnodar e em Rostov”, atingindo o sexto menor valor já registrado para os dados em ambos os locais desde 1986.

Na porção leste da FSU, uma baixa pressão atmosférica de deslocamento lenta manteve temperaturas abaixo da média no norte do Cazaquistão e em regiões adjacentes da Rússia central. Conforme a publicação, “as temperaturas chuva a ficar até 5°C abaixo do normal no Distrito da Sibéria”, o que favoreceu o trigo e a cevada em fase reprodutiva. As chuvas, apesar de distribuídas de forma irregular, beneficiaram principalmente os Distritos dos Urais, o centro-norte do Cazaquistão e o leste do Distrito da Sibéria.

Ainda segundo o boletim, “as condições gerais favoráveis de boas a excelentes para os grãos de primavera”, com o índice de saúde do cenário confirmando esse cenário. Por outro lado, nas regiões mais ao sul da Comunidade dos Estados Independentes, o tempo ensolarado e as temperaturas entre 3°C e 5°C acima do normal aceleraram o avanço do algodão até o estágio de cápsula aberta, em alguns casos entre 7 e 10 dias antes da média. As temperaturas médias semanais ultrapassam os 30°C, limites considerados de estresse térmico para a cultura do algodão.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.