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Preços futuros do café têm alta

Apesar do cenário de curto prazo, a tendência para o médio prazo é de pressão



Apesar do cenário de curto prazo, a tendência para o médio prazo é de pressão negativa Apesar do cenário de curto prazo, a tendência para o médio prazo é de pressão negativa - Foto: Divulgação

De acordo com análise da Hedgepoint Global Markets, os preços futuros do café registraram alta recente diante da previsão de uma frente fria no Brasil, elevando a preocupação com possíveis geadas nas regiões produtoras. Mesmo sem risco confirmado, a incerteza climática e a redução dos estoques certificados da ICE contribuíram para o movimento de valorização.

Na última semana, o contrato de julho do arábica acumulou ganho expressivo, enquanto o robusta também avançou, refletindo o comportamento técnico do mercado e a cobertura de posições vendidas. O inverno brasileiro tende a manter a volatilidade elevada, com expectativa de novas oscilações nos preços nos próximos meses.

Apesar do cenário de curto prazo, a tendência para o médio prazo é de pressão negativa, especialmente sobre o robusta. A colheita avança em ritmo normal no Brasil e na Indonésia, com expectativa de safra maior e aumento da oferta. A produção robusta indonésia para 2025/26 foi revisada para cima, refletindo investimentos feitos pelos produtores e clima favorável. Uganda também tem ampliado suas exportações, com colheitas em andamento nas principais regiões produtoras.

“Embora as previsões atuais não indiquem riscos de geada, a maioria dos modelos é mais precisa no curto prazo, mantendo a incerteza no mercado e pode levar às novas altas. Também é importante observar que os estoques certificados pela ICE para arábica e robusta caíram abaixo dos níveis de 24/25 novamente na última semana, levantando preocupações”, diz Laleska Moda, analista de Inteligência de Mercado da Hedgepoint Global Market.

Com o avanço da produção em diferentes origens e clima favorável no Vietnã, o suporte aos preços do robusta tende a ser limitado. A valorização recente pode ser corrigida à medida que os riscos climáticos diminuam e a oferta global aumente. A continuidade da alta dependerá de mudanças nas condições climáticas nos principais países produtores.


 

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