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O milho vai cair se isso acontecer

Safra Argentina e vendas dos EUA são fatores determinantes


Para a baixa, a boa disponibilidade do Brasil e a expectativa de chuva nos EUA influenciam Para a baixa, a boa disponibilidade do Brasil e a expectativa de chuva nos EUA influenciam - Foto: Pixabay

O milho está cotado na Bolsa de Chicago a 440 cents por bushel e, se subir mais do que isso, é provável que as exportações brasileiras de milho sofram alguma redução, aumentando a disponibilidade interna e forçando os preços domésticos para baixo também. As informações foram divulgadas pela TF Agroeconômica.

“Os preços domésticos já estão caindo mais do que os de Chicago, como mostra a tabela abaixo, então, talvez conviria aproveitar alguma alta e fixar preços nas cotações de milho lá fora ou no seu espelho no Brasil, para tentar definir algum lucro para o milho neste ano, que está difícil”, comenta.

Dentre os fatores de alta estão as boas vendas externas norte-americanas e as preocupações com a safra da Argentina. “Segundo o USDA, exportadores do país venderam cerca de 1,3 milhão de toneladas de milho da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 18 de abril. O volume representa aumento de 74% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2024/25, foram vendidas 262,3 mil toneladas. O volume total vendido, de cerca de 1,562 milhão de toneladas, superou o teto das estimativas de analistas, de 1,15 milhão de toneladas”, completa.

“Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a parcela da safra de milho em condição entre normal e excelente caiu de 64% para 60% na última semana. Já a parcela em condição regular ou ruim passou de 36% para 40%. No norte da área agrícola, o milho tardio vem registrando perdas tanto de rendimento quanto de área, por causa do aumento da incidência da cigarrinha-do-milho e do estresse térmico e hídrico sofrido durante um período crítico do desenvolvimento, disse a bolsa”, indica.

Para a baixa, a boa disponibilidade do Brasil e a expectativa de chuva nos EUA influenciam. “No Brasil, boa disponibilidade interna com o avanço da colheita da primeira safra e a perspectiva de uma segunda safra menor, mas "satisfatória", para atender a demanda interna e as exportações, por enquanto. A má distribuição desta disponibilidade poderá ser um fator de alta futura”, conclui.

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