Trigo sobe com vendas fortes; soja e milho em leve baixa
O milho encerrou o pregão anterior com leve recuperação em Chicago

Os mercados de trigo, soja e milho seguem atentos a fatores externos e internos que influenciam preços e demanda. Segundo a TF Agroeconômica, o trigo apresentou tendência de alta em Chicago, impulsionada pela competitividade das origens americanas, que acelerou as exportações. O USDA reportou vendas de 737,8 mil toneladas para a safra 2025/26, 25% acima da semana anterior. No Brasil, entretanto, os preços recuam diante da baixa atividade comercial, margens negativas dos moinhos e sobra de matéria-prima da safra passada.
A soja iniciou a sexta-feira (8) em leve baixa, corrigindo parte dos ganhos anteriores. Os contratos recuaram pouco mais de um ponto em Chicago, com traders aguardando novidades relevantes para direcionar o mercado. As exportações dos EUA seguem firmes, tanto para a safra atual (467,8 mil toneladas) quanto para a nova (545 mil toneladas). Na China, as importações atingiram recorde de 11,67 milhões de toneladas em julho, acumulando 61 milhões no ano. No Brasil, a oferta abundante de uma safra recorde mantém compradores confortáveis, embora haja expectativa de importações pontuais de soja americana.
O milho encerrou o pregão anterior com leve recuperação em Chicago, sustentado pelo retorno de compradores diante da queda recente nos preços. As vendas semanais dos EUA para a safra 2025 somaram 3,16 milhões de toneladas, superando previsões e reforçando o ritmo forte das exportações. No mercado interno, a ampla oferta e a falta de competitividade internacional mantêm o cenário de tranquilidade para os compradores brasileiros.
O foco dos mercados agrícolas agora se volta para a divulgação do relatório WASDE do USDA, prevista para terça-feira (12). O documento deve atualizar projeções de produção e exportação, podendo gerar volatilidade e ajustes nas cotações globais das commodities.