Na B3, os contratos futuros fecharam em alta - Foto: Nadia Borges
O milho encerrou a segunda-feira (18) em alta na B3, sustentado pelo bom ritmo das exportações brasileiras, segundo informações da TF Agroeconômica. De acordo com dados da Secex, o Brasil embarcou 3,12 milhões de toneladas de milho desde o início de agosto, volume ligeiramente acima do observado no mesmo mês de 2024. Esse desempenho ajudou a dar fôlego às cotações futuras, mesmo diante de pressões externas.
Segundo o Cepea, os preços domésticos do milho seguiram em queda na última semana, influenciados por estimativas de produção global recorde, com destaque para Estados Unidos e Brasil. Além disso, a retração de compradores, que apostam em desvalorizações mais acentuadas com o avanço da colheita, dificuldades de armazenagem e necessidade de liquidez para o pagamento de dívidas, também pressionou o mercado interno. O USDA estima a safra norte-americana em 425,25 milhões de toneladas e a brasileira em 131 milhões. Já a Conab projetou 137 milhões de toneladas para 2024/25, alta de 18% sobre a temporada anterior.
Na B3, os contratos futuros fecharam em alta: setembro/25 encerrou a R$ 65,74 (+R$ 0,99 no dia e +R$ 0,44 na semana), novembro/25 foi a R$ 68,33 (+R$ 0,90 no dia e +R$ 0,75 na semana) e janeiro/26 terminou cotado a R$ 70,96 (+R$ 0,39 no dia e +R$ 0,40 na semana).
Já na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho teve um pregão misto. O contrato de setembro recuou 0,20%, a US$ 383,00/bushel, enquanto dezembro subiu 0,25%, a US$ 406,50/bushel. O movimento refletiu uma queda de 31% nas inspeções de embarques semanais, embora uma venda extra de 124 mil toneladas para destino não revelado tenha garantido suporte às cotações futuras.
