EUA, Brasil e Argentina puxam alta na produção de milho
USDA projeta alta na produção global de milho para 2025/26

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou a primeira estimativa global de oferta e demanda de milho para a safra 2025/26, com previsão de aumento na produção e no consumo do cereal. A análise foi destacada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim publicado nesta segunda-feira (28).
A produção mundial de milho foi estimada em 1,74 bilhão de toneladas, alta de 1,10% em relação à última projeção da safra 2024/25. Esse crescimento é impulsionado principalmente pelo desempenho esperado nos três principais produtores: Estados Unidos, Brasil e Argentina, com aumentos de 6,41%, 0,77% e 6,00%, respectivamente.
Do lado da demanda, o USDA prevê consumo de 1,46 bilhão de toneladas, crescimento de 1,98% na comparação com a estimativa anterior. O avanço é atribuído à maior utilização do milho em usinas de etanol e na produção de ração animal.
Mesmo com a expectativa de maior consumo, os estoques finais globais devem recuar 3,29%, somando 277,84 milhões de toneladas. A queda nos estoques, no entanto, não sustentou os preços futuros. De acordo com o Imea, os contratos de milho negociados na bolsa de Chicago (CME Group) registraram desvalorização entre os dias 12 e 13 de maio. Os contratos com vencimento em julho de 2025 caíram 0,97%, enquanto os de julho de 2026 recuaram 1,23%.
“Apesar do cenário de menor volume estocado, os preços futuros reagiram negativamente, refletindo ajustes de mercado frente à nova oferta projetada”, avaliou o Imea.