Produtores de soja enfrentam desafios
No Paraná, a colheita praticamente finalizada mantém preços firmes

Segundo a TF Agroeconômica, os produtores de soja do Rio Grande do Sul enfrentam sérios desafios logísticos e de armazenagem, pressionando os preços. A falta de estrutura obriga muitos a escoar rapidamente a produção, enfraquecendo o poder de negociação. No porto, a soja para entrega em maio foi cotada a R\$ 133,00 (+0,76%), enquanto no interior os valores ficaram entre R\$ 131,00 e R\$ 132,00. Em Panambi, o preço na pedra caiu para R\$ 117,00.
Em Santa Catarina, a boa produtividade não foi suficiente para destravar o mercado, travado pela pressão externa e retração nos prêmios de exportação. Apesar disso, a logística eficiente com portos próximos mantém os preços competitivos. No interior, a soja variou entre R\$ 125,00 e R\$ 130,00, chegando a R\$ 132,73 no porto de São Francisco.
No Paraná, a colheita praticamente finalizada mantém preços firmes, mas os custos logísticos limitam a rentabilidade. O preço no porto de Paranaguá foi de R\$ 134,32, enquanto no interior os valores oscilaram de R\$ 117,83 em Cascavel a R\$ 132,73 em Pato Branco. A diferença entre interior e porto destaca o peso do frete na formação dos preços.
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul vivem situação semelhante, com gargalos de armazenagem e transporte. Em MS, a rentabilidade caiu para apenas 8%, com soja cotada a R\$ 119,42 em Dourados e até R\$ 111,97 em Chapadão do Sul. Já no Mato Grosso, a falta de armazenagem pressiona os produtores, que vendem rapidamente para não perder qualidade. O frete para Santos subiu para R\$ 330 por tonelada, refletindo diretamente nos preços, que variaram de R\$ 107,88 em Nova Mutum a R\$ 114,30 em Campo Verde.