
Segundo a TF Agroeconômica, o milho na B3 encerrou a quinta-feira com valorização pelo terceiro dia seguido, impulsionado pelas cotações em alta na Bolsa de Chicago (CBOT). Mesmo com a queda do dólar, que já acumula perdas de 2,32% desde o início da semana, os contratos futuros de milho avançaram, indicando a força do movimento internacional.
O vencimento julho/25 fechou em R$ 64,37, com alta diária de R$ 0,37 e semanal de R$ 1,65. Já o contrato julho/26 encerrou a R$ 65,38, subindo R$ 0,10 no dia e R$ 1,66 na semana. O vencimento setembro/25 alcançou R$ 68,95, com ganho de R$ 0,37 no dia e de R$ 1,41 na semana.
Em Chicago, os preços também subiram, segundo as informações, refletindo a preocupação com o atraso no plantio da safra 2024 nos Estados Unidos. O contrato julho subiu 0,17%, fechando em US$ 4,3950 por bushel, enquanto o contrato setembro avançou 0,86%, para US$ 4,3150 por bushel. A lentidão no ritmo do plantio em regiões como Ohio pode levar produtores a optar pela cobertura de solo no lugar do milho, o que contribui para a valorização dos futuros, especialmente os de dezembro, que atingiram o maior patamar em mais de duas semanas.
Apesar do cenário altista, a valorização do real frente ao dólar vem reduzindo a competitividade do milho brasileiro no mercado externo. Esse movimento já começa a se refletir nos prêmios de exportação para setembro, justamente quando a safrinha estará totalmente disponível para embarque. O mercado segue atento ao câmbio e às condições climáticas nos EUA, fatores determinantes para a tendência dos preços nos próximos dias.