Soja sobe em Chicago após atingir mínima de quatro meses
O relatório semanal do USDA trouxe alívio ao mercado

A cotação da soja voltou a subir na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta segunda-feira (04), após uma sequência de baixas que levou os preços ao menor nível em quatro meses. Segundo análise da TF Agroeconômica, a alta foi motivada por uma correção técnica e por dados positivos no volume de embarques para exportação, que superaram as expectativas do mercado.
O contrato de soja para agosto, referência para a safra brasileira, fechou o dia com alta de 0,75% (ou 7,25 cents/bushel), cotado a US$ 969,00. Já o vencimento de setembro subiu 0,59% (ou 5,75 cents/bushel), encerrando a US$ 975,25. O farelo de soja teve valorização de 2,36%, a US$ 273,80/ton curta, enquanto o óleo de soja caiu 0,40%, para US$ 54,50/libra-peso.
O relatório semanal do USDA trouxe alívio ao mercado, ao indicar embarques de 612.539 toneladas de soja entre 25 e 31 de julho, bem acima das 427.734 toneladas da semana anterior e da faixa estimada entre 250.000 e 460.000 toneladas. Este dado reforçou o cenário de curto prazo favorável à oleaginosa nos EUA, especialmente diante da fase crítica de desenvolvimento das lavouras, quando o chamado “prêmio climático” tende a influenciar os preços.
Apesar da alta, o mercado segue pressionado pela ausência da China entre os principais compradores de soja americana. A continuidade dessa postura pode levar a um acúmulo significativo de estoques ao fim da temporada, o que voltaria a pressionar os preços para baixo. As tensões comerciais entre EUA e China, agravadas novamente por políticas do governo Trump, permanecem como fator de risco relevante para o setor.