Milho cai na B3 e em Chicago
“O comprador não precisa mais pagar a mais para recompor o seu estoque"

Na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), o milho fechou o dia e a semana em baixa, segundo informações da TF Agroeconômica. “As cotações de milho na B3 acompanharam o movimento semanal de baixa do dólar e de Chicago. Com a safra de milho safrinha mais definida, o mercado começa a se estabilizar”, comenta.
“O comprador não precisa mais pagar a mais para recompor o seu estoque. Sinal visto com o preço Cepea que fechou em R$ 79,07 nesta sexta-feira, começando maio abaixo dos R$ 80,00. Ao longo do mês de abril o milho desvalorizou -8,64% enquanto o contrato de julho da B3 caiu -6,92%. A desvalorização do dólar está retirando a competitividade do milho no mercado internacional, aumentando a disponibilidade no país”, completa.
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia. “O vencimento de julho/25 foi de R$ 67,07 apresentando baixa de R$ -0,22 no dia, baixa de R$ -1,28 na semana; julho/25 fechou a R$ 67,35, baixa de R$ -0,43 no dia, baixa de R$ -2,42 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$ 70,50 baixa de R$ -0,13 no dia e baixa de R$ -1,88 na semana”, indica.
Na Bolsa de Chicago, o milho fechou o dia de forma mista, mas a semana em baixa com plantio nos EUA. “A cotação de julho, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -0,69 % ou $ -3,25 cents/bushel a $ 469,00 A cotação para julho, fechou em alta de 0,63 % ou $ 2,75 cents/bushel a $ 440,00”, completa.
“Ao longo da semana o milho oscilou entre ganhos e perdas quase todos os dias, sem uma tendência clara alta ou baixa. No entanto, o resultado final foi negativo para o cereal. Pesam sobre o milho o rápido avanço do plantio nos EUA, que no atual ritmo, dificilmente cederá áreas significativas para o plantio da soja, por atrasos ou outros problemas. O produtor americano deve colher a maior safra de milho dos EUA este ano”, indica.