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Milho mantém preços baixos mesmo com safra recorde no MT

Preços do milho seguem pressionados no Brasil



Foto: Canva

Apesar de uma safra recorde em andamento e exportações norte-americanas em alta, os preços do milho seguem pressionados no Brasil. De acordo com o CEEMA, a média gaúcha fechou a primeira semana de agosto em R$ 61,98/saco. Em outros estados, as cotações variaram de R$ 44,00 a R$ 63,00/saco, refletindo excesso de oferta e ritmo acelerado da colheita da safrinha.

Nos EUA, o avanço da safra é considerado excelente. Até o início de agosto, 73% das lavouras estavam em boas ou excelentes condições, puxando para baixo os preços na Bolsa de Chicago. O bushel do milho encerrou o dia 07/08 em US$ 3,84, com queda de 5,6% em relação à média de julho.

No Brasil, a colheita da segunda safra segue acelerada. Dados da Conab apontam que 75,2% da área já foi colhida até o dia 03/08. O Mato Grosso lidera esse movimento, com previsão de oferta total de 55,1 milhões de toneladas em 2024/25 — alta de 13,3% em relação ao ciclo anterior. O estado também deverá ampliar as exportações em 15,9%.

O consumo interno de milho no MT está estimado em 17,4 milhões de toneladas, representando 32,4% da demanda total. Isso deixaria estoques finais em torno de 1,41 milhão de toneladas. Com o volume elevado, os preços devem seguir sob pressão no curto prazo.

Em âmbito nacional, a estimativa da StoneX para a safrinha é de 111,7 milhões de toneladas, podendo elevar a produção total para quase 140 milhões — e há projeções de até 150 milhões. O cenário é de otimismo para a oferta, mas não necessariamente para o bolso do produtor.

As exportações brasileiras, porém, ainda patinam. De fevereiro a julho, foram embarcadas 4,3 milhões de toneladas, bem abaixo das 7 milhões do mesmo período do ano anterior. A CEEMA alerta: será preciso acelerar os embarques para dar vazão à colheita recorde e buscar sustentação nos preços.

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