Adubação: Chave para pastagem produtiva
A estratégia de adubação é baseada em três pilares

Segundo o engenheiro agrônomo Fernando Bonilio, ainda é comum que produtores vejam a adubação de pastagens como um gasto desnecessário. No entanto, essa prática deve ser encarada como um investimento que amplia a capacidade produtiva por hectare e melhora significativamente a rentabilidade da pecuária. Uma pastagem bem nutrida reduz a necessidade de grandes áreas para suporte animal, eleva o ganho de peso dos rebanhos, torna o pasto mais resistente ao pisoteio e à seca, e ainda dificulta o avanço de plantas invasoras.
A estratégia de adubação é baseada em três pilares. O primeiro é a correção da acidez do solo, por meio da calagem, essencial para ajustar o pH e permitir a absorção eficiente dos nutrientes. Em seguida, vem a adubação de implantação ou recuperação, que utiliza fórmulas completas de NPK — como 20-05-20 ou 20-00-20 — em doses de 300 a 400 kg por hectare, dependendo da análise do solo. Por fim, a adubação de manutenção garante o vigor do capim ao longo do tempo, sendo feita com ureia ou nitrato, especialmente após os ciclos de pastejo.
O momento ideal para aplicar os fertilizantes é no início da estação chuvosa, quando o crescimento da forragem é mais intenso. Em sistemas mais intensivos, a recomendação é fracionar a adubação, aplicando após cada pastejo para manter a qualidade nutricional e a produtividade da área. “A adubação de pastagens ainda é vista por muitos como um custo… Mas, na verdade, é investimento em produtividade e rentabilidade. Investir na pastagem é garantir alimento de qualidade no solo, todos os dias”, conclui.