Soja recua em Chicago com clima favorável
Os derivados da oleaginosa também fecharam em baixa

A soja encerrou o pregão desta quarta-feira (9) em queda na Bolsa de Chicago, pressionada pelas boas condições climáticas nas lavouras americanas e pelos ajustes dos investidores antes da divulgação do novo relatório WASDE, previsto para esta sexta-feira. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de agosto – referência para a safra brasileira – caiu 1,20%, ou 12,25 cents por bushel, fechando a US$ 10,09. Já o contrato de setembro recuou 1,09%, a US$ 9,9750.
Os derivados da oleaginosa também fecharam em baixa: o farelo para agosto caiu 0,48% (US$ 1,30/ton curta), para US$ 269,40; enquanto o óleo cedeu 1,52% (US$ 0,82/libra-peso), cotado a US$ 53,29. O mercado iniciou um movimento de realização e cautela antes do novo balanço de oferta e demanda do USDA, que pode trazer revisão para cima na produção tanto nos Estados Unidos quanto na América do Sul.
No campo climático, o cenário segue favorável para o desenvolvimento das lavouras. As previsões apontam chuvas consistentes nos próximos sete dias no Centro-Oeste dos EUA, especialmente nas regiões Norte e Oeste do cinturão agrícola. As projeções estendidas também indicam precipitações acima da média até meados de julho, o que pressiona ainda mais os preços.
Outro fator de baixa é o aumento da tensão na guerra tarifária iniciada pelos EUA, o que afeta diretamente os exportadores americanos. A ausência de compras chinesas da nova safra norte-americana alimenta a preocupação dos traders, indicando possível mudança na origem das importações e favorecendo países como o Brasil no curto prazo. As informações foram divulgadas esta manhã.