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Crédito limitado trava avanço do mercado de insumos

O atual ambiente exige cautela e uma nova abordagem na concessão de crédito



Atualmente, estima-se que entre 20% e 25% das compras de fertilizantes ainda estão em aberto para a soja Atualmente, estima-se que entre 20% e 25% das compras de fertilizantes ainda estão em aberto para a soja - Foto: inpEV

O mercado de insumos agrícolas no Brasil enfrenta um dos seus maiores desafios em 2025: a dificuldade no acesso ao crédito. Segundo análise de Jeferson Souza, analista de inteligência de mercado, o tema tem sido recorrente em conversas com profissionais do setor, incluindo empresas de defensivos, sementes, revendas e misturadores de fertilizantes. Essa limitação tem impactado diretamente o ritmo das negociações para a safra 2025/26.

Atualmente, estima-se que entre 20% e 25% das compras de fertilizantes ainda estão em aberto para a soja, reflexo claro das restrições de crédito. No milho, a expectativa é de um cenário semelhante. A combinação de juros elevados e insegurança financeira ao longo da cadeia produtiva tem dificultado o avanço das vendas e compromissos de fornecimento.

Nos últimos anos, o agronegócio passou por mudanças significativas. Um dos indicativos mais preocupantes é o crescimento expressivo dos pedidos de recuperação judicial, tanto por empresas quanto por produtores rurais, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas. Enquanto em 2021 esses casos eram isolados, em 2024 houve uma explosão nos registros, tendência que segue firme no primeiro trimestre de 2025.

O atual ambiente exige cautela e uma nova abordagem na concessão de crédito. O setor enfrenta um período de incertezas, exigindo maior rigor na gestão de risco e uma postura realista diante das condições do mercado. As informações foram publicadas por Jeferson Souza no LinkedIn.

“Não tenho dúvidas de que a forma de conceder crédito muda completamente diante desses indicadores. Os desafios do agronegócio são enormes para esse segundo semestre deste ano. E o mais importante: precisamos sempre pensar com os pés no chão e manter uma boa gestão de risco”, conclui.
 

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