Milho sobe na B3; mercados regionais seguem travados
Na B3, o vencimento setembro/25 subiu para R\$ 64,03/saca (+R\$ 0,58 no dia)

Os contratos futuros de milho na B3 encerraram a quarta-feira (16) em alta, impulsionados pela recuperação da Bolsa de Chicago e valorização do dólar. Segundo análise da TF Agroeconômica, a estimativa da ANEC de aumento nas exportações brasileiras em julho, de 4,34 para 4,60 milhões de toneladas, colaborou para o otimismo do mercado, em contraste com as 568 mil toneladas embarcadas em junho.
Na B3, o vencimento setembro/25 subiu para R\$ 64,03/saca (+R\$ 0,58 no dia), novembro/25 foi a R\$ 67,57 (+R\$ 0,60) e janeiro/26 fechou em R\$ 71,55 (+R\$ 0,25). Em contrapartida, os mercados físicos continuam travados. No Rio Grande do Sul, a baixa liquidez e dependência de milho do Centro-Oeste e Paraguai seguem como entraves. Com preços entre R\$ 66 e R\$ 70/saca para entrega em agosto, compradores não atraem vendedores, que preferem manter o grão estocado. Cerca de 90% da safra 24/25 já foi comercializada no estado.
Em Santa Catarina, o impasse entre pedidas e ofertas também bloqueia negócios. Com médias estaduais ao redor de R\$ 71/saca, o produtor retém estoques diante dos preços considerados baixos. Apesar disso, a produtividade surpreendeu, com quase 10 mil kg/ha. Já no Paraná, o avanço da colheita (40% da área) vem acompanhado de alertas sobre qualidade e perdas causadas por geadas. As pedidas giram em torno de R\$ 76/saca, mas há resistência de compradores.
No Mato Grosso do Sul, o mercado permanece lento, com preços estabilizados perto de R\$ 45/saca. A colheita avança devagar (10,2%), prejudicada pela umidade e falta de caminhões. Ainda assim, 79,2% das lavouras estão em boas condições, com produtividade estimada em 80,8 sc/ha. A comercialização segue travada em todo o estado.