Mercado de milho ainda enfrenta dificuldades
A colheita segue evoluindo no Paraná, mas ainda não consegue destravar o mercado
A colheita segue evoluindo no Paraná, mas ainda não é o suficiente para destravar o mercado - Foto: Nadia Borges
O mercado gaúcho de milho segue travado, com baixa liquidez e dependência crescente de grãos de fora do estado, segundo informações da TF Agroeconômica. “As indicações de compra para agosto recuaram para entre R$ 66,00 e R$ 70,00/saca, mas os produtores seguem resistentes a vender. As cotações seguem pressionadas: R$ 64,00 em Santa Rosa e Ijuí, R$ 65,00 em Não Me Toque, R$ 67,00 em Marau, Gaurama e Seberi, e R$ 68,00 em Arroio do Meio, Lajeado e Montenegro”, comenta.
O mercado de milho em Santa Catarina permanece travado, com liquidez quase nula e negociações pontuais. “A distância entre pedidas e ofertas impede avanços: em Campos Novos, vendedores pedem entre R$ 83,00 e R$ 85,00, enquanto compradores não passam de R$ 75,00/saca. No Planalto Norte, o cenário é semelhante, com ofertas em R$ 75,00 frente a pedidas mínimas de R$ 80,00”, completa.
A colheita segue evoluindo no Paraná, mas ainda não é o suficiente para destravar o mercado. “O mercado de milho no Paraná segue com liquidez muito baixa e negociações praticamente travadas, com o distanciamento entre as pedidas e as ofertas. Produtores pedem em média R$ 76,00/saca FOB, com registros pontuais de até R$ 80,00, mas o setor de rações permanece ofertando R$ 73,00 CIF, o que tem impedido fechamentos”, informa.
Retração de vendedores estabiliza os preços em Mato Grosso do Sul, mas liquidez segue baixa. “Segundo pesquisadores do Cepea, a retração de parte dos vendedores tem interrompido o movimento de queda nas cotações em algumas regiões, o que ajuda a explicar a estabilidade atual. Em Dourados, inclusive, houve uma leve alta nos últimos dias, que pode sinalizar possível reação em outras praças. Ainda assim, a liquidez no spot segue muito baixa, com poucos negócios sendo efetivados”, indica.
