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Pesquisas reforçam segurança dos alimentos transgênicos

Diversos estudos comprovaram a segurança no consumo de alimentos GM



Diversos estudos comprovaram a segurança no consumo de alimentos GM Diversos estudos comprovaram a segurança no consumo de alimentos GM - Foto: Pixabay

O cultivo e o consumo de plantas geneticamente modificadas (GM) seguem sendo alvo de debates desde a sua introdução, há cerca de 30 anos. Segundo o pesquisador Décio Luiz Gazzoni, membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e da Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA), centenas de estudos foram conduzidos no mundo todo para avaliar a segurança desses alimentos, e os resultados têm demonstrado a ausência de riscos relevantes.

“Parcela ponderável das avaliações de segurança baseiam-se, predominantemente, em estudos de exposição aguda ou subcrônica em roedores, que servem como modelos considerando impactos na capacidade imunológica, no metabolismo e na expectativa de vida”, comenta.

Cada país ou bloco econômico possui legislação específica de biossegurança para regulamentar o cultivo e o uso de organismos geneticamente modificados (OGMs). Entre os órgãos responsáveis, destacam-se a FDA (EUA), a EFSA (União Europeia), a Food Safety Commission (Japão) e, no Brasil, a CTNBio. Internacionalmente, o Codex Alimentarius, mantido pela FAO e pela OMS, atua como referência. Esses sistemas exigem protocolos rígidos de avaliação, que incluem análises ambientais e toxicológicas.

Diversos estudos comprovaram a segurança no consumo de alimentos GM. Pesquisas em roedores mostraram ausência de efeitos negativos no metabolismo, na imunidade e até no sistema reprodutivo, mesmo após várias gerações. Mais recentemente, um estudo publicado em julho de 2025 no periódico Agricultural and Food Chemistry acompanhou macacos por sete anos consumindo milho transgênico. Os pesquisadores concluíram que não houve impactos imunológicos nem metabólicos relevantes, reforçando a robustez dos dados já existentes.

“Importante frisar que a biossegurança vai além do tema deste artigo (consumo alimentar), considerando outros aspectos, em especial impactos sobre a biodiversidade e o meio ambiente, que não foram aqui analisados”, conclui.
 

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